Rebeca Andrade começou a treinar aos quatro anos, no Ginásio Bonifácio Cardoso, da prefeitura de Guarulhos, durante a gestão do prefeito Elói Pietá edit
247 com RBA - A ginasta Rebeca Andrade, uma mulher negra e da periferia, se tornou a primeira brasileira a ganhar medalha olímpica na ginástica artística e a primeira brasileira a ganhar duas medalhas numa mesma edição dos jogos olímpicos.
Rebeca Andrade começou a treinar aos quatro anos, no Ginásio Bonifácio Cardoso, da prefeitura de Guarulhos, em São Paulo, durante a gestão do prefeito Elói Pietá, do PT. Lá, ela ficou conhecida como a "Daianinha de Guarulhos", uma referência à ídola, Daiane dos Santos.
Rebeca tem sete irmãos. A família teve dificuldades para manter o sonho da ginasta. Com dificuldades financeiras, Rebeca chegou a parar de treinar por um período, mas os técnicos organizaram um esquema de rodízio para levar a menina aos treinos. Depois, um dos irmãos de Rebeca, Emerson Rodrigues, que hoje está com 30 anos, comprou uma bicicleta para levar a irmã aos treinos.
Rebeca Andrade já havia ganho a medalha de prata no individual geral da ginástica na última quinta-feira (29), em uma apresentação quase perfeita ao som da música “Baile de Favela”, lançada em 2015 por MC João. Nesta segunda-feira (2), a atleta disputa mais uma medalha na final do solo, também se apresentando ao som do “Baile de Favela”.
Rebeca pode aumentar coleção de medalhas
Depois de conquistar o primeiro ouro da ginástica artística feminina neste domingo (1º), ao marcar 15.083 na prova do salto, Rebeca Andrade tem chance de aumentar a sua coleção de medalhas na final do solo, que será disputada nesta segunda (2).
Neste domingo, o Brasil amanheceu comemorando a medalha de ouro de Rebeca, a primeira mulher brasileira a conquistar duas medalhas numa mesma edição olímpica. Ela já havia conquistado a prata no individual geral.
Executando dois dos movimentos mais difíceis no aparelho, um Cheng e um Amanar, ele conseguiu 15.166 no primeiro salto e 15.000 no segundo, chegando a uma média de 15.083.
Rebeca Andrade foi a terceira a se apresentar na final e assumiu a liderança para não mais deixar até a oitava ginasta deixar a área de competição. A prata ficou com Mykayla Skinner, dos Estados Unidos, com 14.916 – americana que substituiu a estrela Simone Biles na final –, e o bronze com Seojeong Yeo, da Coreia do Sul, com 14.733.
A ginasta de Guarulhos que defende as cores do Flamengo dominou as redes sociais com a prata no individual geral nos últimos. Apesar de saber de grande repercussão dos seus feitos, a jovem de 22 anos segue focada na busca de seu terceiro pódio olímpico.
“Estou bombando nas redes sociais, a galera ficou bem feliz. Mas a minha cabeça está a mesma de quando eu saí do Brasil para vir competir, totalmente concentrada, sabendo as coisas que importam e o que eu preciso fazer, para depois pensar em tudo isso que está acontecendo. Eu sempre reposto o que as pessoas me marcam, eu sei que elas torcem demais e querem o melhor pra mim, isso é muito legal. Estou bem centrada, amanhã tem mais um dia de competição, mais um dia que vou dar 110% de mim e é nisso que estou pensando… E na medalha também, claro”, concluiu.
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Ouro e prata nas Olímpiadas, Rebeca Andrade iniciou carreira no esporte em projeto do PT - Brasil 247
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