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Friday, May 19, 2023

Mística irresistível: Sevilla se agiganta para eliminar Juventus na prorrogação e ir a mais uma final de Liga Europa - Trivela

Quando se fala de liga Europa, ninguém gostaria de ter que enfrentar o Sevilla. O que o clube rojiblanco faz nessa competição é algo fora de série. Além de ser o maior campeão do torneio, com seis títulos, a equipe da Andaluzia parece atuar de uma forma impositiva no torneio, mesmo diante das mais pesadas camisas da Europa. Nesta quinta-feira, foi a vez da Juventus sentir o peso de enfrentar o Sevilla. Mesmo saindo na frente, a Juve viu o Sevilla virar o jogo, na prorrogação, e vencer por 2 a 1. Serão os espanhóis, mais uma vez, que decidirão o título.

O técnico José Luis Mendilibar colocou em campo uma equipe que não pôde contar com os machucados Joan Jordán e Marcão. Formou a defesa com Jesús Navas, o capitão, pela direita, Loic Baldé e Nemanja Gudelj pelo centro e Marco Acuña pela lateral esquerda. O brasileiro Fernando e o croata Ivan Rakitic formaram o meio-campo. No ataque, Lucas Ocampos, Óliver Torres e Bryan Gil, além de Youssef Em-Nesyri mais à frente.

No caso da Juventus, Massimiliano Allegri colocou em campo o time em um 3-5-2, como tem sido nos últimos jogos. Danilo, Bremer e Federico Gatti, autor do gol de empate no jogo de ida, formaram a defesa. Juan Cuadrado, pela direita, e Samuel Iling Junior, pela esquerda, foram os alas, com Manuel Locatelli, Adrien Rabiot e Nicolò Fagioli pelo meio-campo. Ángel Di Maria teve mais liberdade para encostar no centroavante Moise Kean. O técnico optou por deixar Dusan Vlahovic, Filip Kostic e Federico Chiesa no banco, além de Arkadiusz Milik, normalmente a opção para se alternar a Vlahovic.

Primeiro tempo

Os primeiros minutos tiveram o que se esperava: pressão do Sevilla, aproveitando o ambiente e a confiança de ser o maior campeão da Liga Europa. A Juventus, pressionada na defesa, tinha que sair em passes longos sempre que recuperava a bola. O time italiano passou os primeiros minutos acuado em seu campo.

Entre cruzamentos e passes na entrada da área, Lucas Ocampos teve uma das melhores chances do primeiro tempo aos 24, quando mergulhou no cruzamento e obrigou o goleiro Wojciech Szczesny fez uma grande defesa, em cima da linha. A tecnologia na linha do gol garantiu que a bola não tinha passado a linha.

Foram 25 minutos com a Juventus acuada no seu campo. Foi só aos 26 minutos que o time conseguiu sair de trás, com Rabiot, que avançou com a bola até o ataque e abriu na direita, onde Di Maria recebeu e, com certa liberdade, não teve confiança para finalizar de pé direito e tentou um chute com o pé esquerdo. Errou o alvo.

O Sevilla voltou a assustar em um chute de Acuña de fora da área, q1ue exigiu uma defesa difícil de Szczesny, que mandou para escanteio. A Juventus voltou ao ataque logo depois. Aos 32 minutos, em ataque rápido, Moise Keane recebeu pela direita, passou por Badé, e finalizou cruzado. A bola tocou o pé da trave e não entrou.

No final do primeiro tempo, aos 40 minutos, a Juventus precisou fazer uma troca. O meio-campista Fagioli se machucou e precisou deixar o campo de maca. Entrou em seu lugar o argentino Leandro Paredes.

Logo depois, aos 41 minutos, a Juventus marcou o gol. Danilo fez o lançamento para Locatelli, que saiu à frente de todo mundo, conseguiu ir até a linha de fundo, cruzou de carrinho para trás e Adrien Rabiot chegou para completar e colocar na rede. Só que o gol foi imediatamente invalidado por impedimento de Locatelli no lance, que o replay confirmou.

No fim do primeiro tempo, o Sevilla reclamou, com razão, de um pênalti. Juan Cuadrado deu um carrinho forte em Oliver Torres, que os rojiblanos reclamaram muito. O árbitro não deu nada e o VAR revisou e, incrivelmente, não marcou o pênalti.

Segundo tempo

Os primeiros minutos do segundo tempo foi similar ao primeiro, com o Sevilla pressionando e muito presente no campo de ataque. Só que mesmo assim, a Juventus conseguiu uma escapada muito perigosa aos nove minutos, com Danilo fazendo um passe longo para Moise Kean, que ajeitou de peito para Rabiot avançar até a área e finalizar cruzado, mas mandou para fora.

Os contra-ataques pareciam a aposta da Juventus, que se armava para sair em velocidade em todos os lances, mesmo sem ter jogadores exatamente velozes. Em uma escapada dessa, conseguiu uma falta sobre Juan Cuadrado. A cobrança foi curta, mas Leandro Paredes levantou na área e Bremer tocou de cabeça com muito perigo, mas mandando para fora.

O Sevilla colocou em campo Suso no lugar de Oliver Torres. Aos 18 minutos, o técnico Massimiliano Allegri decidiu fazer duas mudanças. Uma delas até causou estranhamento: saiu Ángel Di Maria, que fazia boa partida, e entrou Federico Chiesa, uma tentativa de mais velocidade. Também saiu Moise Kean para a entrada do titular da posição, Dusan Vlahovic.

No minuto seguinte, a Juventus marcou. Depois de uma confusão na defesa dos rojiblancos, com toque de cabeça, para lá e para cá, Vlahovic disputou pelo alto, ganhou de Gudelj e depois de Badé, ficou na cara do goleiro Bono e teve imensa categoria para dar um toque por baixo da bola e tirar do goleiro: 1 a 0 para a Juventus.

Só que não demorou muito para as coisas mudarem de novo: aos 25 minutos, Chiesa bobeou com a bola na defesa, Acuña desarmou, a bola ficou com Erik Lamela, que tocou para Suso. Ele avançou e, de fora da área, soltou um chute lindo, que foi no alto e saiu do alcance de Szczesny: 1 a 1. Golaço no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán.

O gol empolgou os rojiblancos, que aumentaram a carga de pressão. A Juventus continuava com dificuldades de sair em contra-ataque. O jogo entrou em uma fase que as equipes tinham um pouco mais de cuidado em campo.

Aos 40 minutos, Allegri fez mais duas mudanças: colocou em campo Fabio Miretti no lugar de Locatelli e Filip Kostic no lugar de Iling Junior. Mesmas posições, mas com mais fôlego para uma possível prorrogação.

O Sevilla pressionou. Aos 42 minutos, En-Nesyri completou de cabeça um belo cruzamento da direita e obrigou o goleiro Szczesny a uma grande defesa, mantendo o placar em 1 a 1. Nada de gol. A pressão continuou até o fim do jogo, mas não teve jeito: a disputa foi mesmo para a prorrogação. A Juventus sobreviveu no jogo para levar a disputa adiante.

Prorrogação

Com quatro minutos de prorrogação, o Sevilla conseguiu marcar o segundo gol e virar o jogo. Bryan Gil recebeu pela ponta esquerda, cruzou para a área e Erik Lamela tocou d3e cabeça, no canto de Szczesny, e saiu para o abraço com a torcida: 2 a 1.

Precisando partir para o ataque, a Juventus fez a sua sexta mudança no time. Allegri colocou Arkadiusz Milik no lugar de Juan Cuadrado, tornando o time mais ofensivo. Partiu para cima nos minutos finais para tentar o que fosse possível. O time passou a jogar em um 4-3-3, com Danilo deslocado para a direita da defesa e Kostic fazendo a lateral esquerda.

Com o time no ataque, a Juventus perdeu uma chance grande. Depois de um rebote que sobrou dentro da área, Chiesa pegou de primeira, de pé esquerdo, e ele bateu mal, por cima do gol. A Juventus tentava, mas sem muita eficiência.

Com 10 minutos do segundo tempo da prorrogação, o lateral Marcos Acuña tomou um segundo cartão amarelo por ficar perdendo tempo. Acabou expulso e deixou o time com um a menos nos minutos finais da partida. Veio o desespero da Juventus, mas não foi o bastante. O apito final veio e a torcida celebrou. o Sevilla está em mais uma final continental e tentará o seu sétimo título de Liga Europa na história, depois de conquistar a taça em 2005/06, 2006/07, 2013/14, 2014/14, 2015/16 e 2019/20.

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