O Vitória precisou de 45 minutos bem jogados para voltar a vencer na Série C do Campeonato Brasileiro depois de quatro rodadas. Contra o Figueirense, no Barradão, o Rubro-Negro começou com o pé no acelerador e definiu o placar do jogo nos primeiros minutos da etapa inicial: 2 a 0.
A partida da 13ª rodada da competição nacional valeu não só pelos três pontos que afastam o time do Z-4 e reaproximam do G-8, mas também porque os jogadores mostraram que podem entregar mais do que vinham entregando nas últimas rodadas.
Vitória x Figueirense em encontro pela 13ª rodada da Série C — Foto: Victor Ferreira/ECV
Além do retorno de Dionísio, o Vitória teve outras duas mudanças no time titular. Guilherme Lazaroni ganhou a vaga de Sánchez na lateral-esquerda, e Luidy voltou a aparecer no ataque.
Mas apesar das alterações na escalação, foi a mudança de postura o ponto mais determinante para o resultado positivo no Barradão. Pressionado pela tabela e pela torcida, que esteve na Toca do Leão para cobrar o elenco horas antes da partida contra o Figueirense, os jogadores entraram em campo ‘ligados no 220V’.
O lance do gol que abriu o placar ajuda a ilustrar como o triunfo no Barradão foi construído mais na base da vontade que da técnica.
O gol começou com um lateral cobrado por Lazaroni. Rafinha ficou com a bola e tentou acionar Rodrigão, mas viu um zagueiro adversário fazer o corte. Ao perceber que a bola voltou em sua direção, o atacante se antecipou a Wilson e mandou a redonda para o fundo da rede após uma saída estabanada do goleiro.
E o arqueiro adversário voltou a vacilar logo depois. Aos 22 minutos, Luidy arriscou chute de fora da área, Wilson aceitou a finalização e foi buscar a bola no fundo do gol mais uma vez.
A vantagem no placar deixou o Vitória confortável para jogar da forma que o time mais rendeu até agora na Série C: defendendo em bloco baixo e atacando com transições rápidas.
Sem a bola, os rubro-negros só começavam a combater os jogadores do Figueirense no campo defensivo. Quando assumiam a posse, buscavam passes verticais para chegar ao ataque o mais rápido possível.
Com essa receita o Leão quase não cedeu chances de gol ao Figueira.
O plano de jogo rubro-negro não mudou para o segundo tempo, mas uma pressão maior dos visitantes deixou o time mais exposto a erros. Pressão essa que aconteceu porque o time treinado por João Burse abriu mão de jogar.
Vitória x Figueirense em encontro pela 13ª rodada da Série C — Foto: Victor Ferreira/ECV
Se no primeiro tempo o contra-ataque foi uma arma do Vitória, na segunda etapa a jogada foi a única alternativa do Rubro-Negro, que não conseguia mais manter a posse de bola.
Também chamou atenção a queda do desempenho físico dos jogadores do Leão durante a segunda etapa.
João Burse tentou resolver o problema com substituições e, aos 35 minutos, já tinha feito cinco trocas. Duas delas foram por problemas físicos: Rodrigão deixou o campo com dores na coxa e Lazaroni pediu para sair por exaustão física.
Mesmo com as trocas, o cenário do jogo se manteve, e o Figueira fez pressão até os minutos finais. Com dificuldade em entrar na área rubro-negra, os visitantes arriscaram muitos cruzamentos, mas pouco levaram perigo. Quando tentaram chutes de fora da área, Lucas Arcanjo deu conta do recado.
Enquanto isso, o tão esperado contra-ataque do Vitória veio só aos 42 minutos do segundo tempo. A jogada foi desenhada com precisão e terminou com passe de Sánchez para Roberto, que só não marcou porque Wilson operou um milagre no Barradão.
O apito final confirmou um justo triunfo rubro-negro, principalmente pelo que o time fez no primeiro tempo. O resultado traz um respiro na luta contra o Z-4 e aumenta a confiança para o time seguir lutando também por uma vaga no G-8 da competição nacional. Mas ainda há muito a se fazer.
Agora o Rubro-Negro tem mais uma semana livre pela frente até o próximo compromisso na Série C. O time volta a campo no próximo domingo, desta vez para enfrentar o São José, no estádio Francisco Novelletto Neto, em Porto Alegre, às 17h (horário de Brasília).
Análise: Vitória entra 'ligado no 220V' e resolve o jogo contra o Figueirense no primeiro tempo - Globo
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