Magnata russo comprou o Chelsea em 2003 e agora está de saída do comando do clube, que está à venda, após quase duas décadas
Dono do Chelsea desde 2003, o magnata russo Roman Abramovich confirmou nesta última quarta-feira (2) a intenção de colocar o Chelsea à venda e está próximo de colocar um ponto final oficialmente na sua vitoriosa passagem pelo Stamford Bridge como proprietário dos Blues. E ao longo de quase duas décadas, o empresário conseguiu elevar - e muito - o patamar do clube londrino, que antes de ser comprado nunca havia colecionado tantas taças.
Durante 19 anos, Abramovich conseguiu fazer o que poucos proprietários de clubes espalhados mundo afora conseguiram: conquistar 21 títulos. Sem contar as contratações bombásticas, que elevaram o nível do plantel do Chelsea, que passou a ser competitivo não só na Terra da Rainha, mas também na Europa.
Em meio à este processo de transição no comando dos Blues, o ESPN.com.br faz agora um resumo dos pontos altos da Era Abramovich no clube inglês. Dos títulos, às contratações de peso e também aquelas que de alguma forma frustraram o torcedor da equipe do Stamford Bridge. Veja abaixo:
Campeão de 'tudo'
Antes da venda para o magnata russo, que construiu toda a sua riqueza como empresário através da venda de commodities (entre elas o petróleo e o gás natural), o clube londrino havia conquistado apenas 15 títulos desde a sua fundação em 1905. Foi então que, no segundo semestre de 2003, Abramovich desembolsou 140 milhões de libras (R$ 658,3 milhões nas cifras da época) e simplesmente revolucionou a história dos Blues, que se tornaram uma das grandes potências do futebol europeu, conquistando praticamente tudo o que é possível.
E os primeiros títulos vieram quase que de forma instantânea. Na temporada 2004/05, o Chelsea faturou de uma vez só a Premier League (primeiro título no novo formato do Campeonato Inglês) e a Copa da Liga Inglesa. Ainda em 2005, o clube londrino também ergueu o troféu da Supercopa da Inglaterra.
E se anteriormente o clube era conhecido apenas nacionalmente, isso mudou com a chegada do magnata russo, que conquistou os principais títulos a nível internacional. O primeiro deles, a Champions League da temporada 2011/12, seguido pela Europa League 2012/13.
A cereja do bolo foi conquistada ainda em 2022, quando o clube inglês derrotou o Palmeiras por 2 a 1 na decisão do último Mundial de Clubes da Fifa, e o Chelsea foi pela primeira vez campeão do mundo, depois de bater na trave em 2012 contra o Corinthians.
Veja abaixo todos os títulos da Era Abramovich:
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Mundial de clubes: 2021
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Champions League: 2011/12 e 2020/21
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Europa League: 2012/13 e 2018/19
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Supercopa da Uefa: 2021
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Premier League: 2004/05, 2005/06, 2009/10, 2014/15 e 2016/17
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Copa da Liga Inglesa: 2004-05, 2006-07 e 2014-15
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Supercopa da Inglaterra: 2005 e 2009
Reforços de peso
Para elevar o patamar do clube inglês, um dos mecanismos utilizados por Abramovich foram as contratações de peso. E foram muitas ao longo destas quase duas décadas. Ao lado de Barcelona, Real Madrid, Machester City, entre outros clubes, o Chelsea também passou a ser protagonista nas janelas de transferências.
As principais contratações dos Blues foram todas fechadas durante a Era Abramovich. E a mais cara de todas é também uma das mais recentes: Romelu Lukaku, que foi recomprado pelo clube no segundo semestre do ano passado junto à Inter de Milão por 115 milhões de euros (R$ 704 milhões nas cifras da época).
Nos últimos anos, outros nomes de peso também foram contratados, como Fernando Torres (2011), que chegou do Liverpool por 58 milhões de euros (R$ 132,6 milhões), assim como Andriy Shevchenko (R$ 121,4 milhões) e Didier Drogba (R$ 140, 5 milhões).
Veja abaixo as 10 contratações mais caras da Era Abramovich*:
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Romelu Lukaku (R$ 704 milhões)
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Kai Havertz (R$ 500 milhões)
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Ben Chilwell (366 milhões)
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Kepa Arrizabalaga (R$ 348 milhões)
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Timo Werner (R$ 311 milhões)
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Álvaro Morata (R$ 287 milhões)
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Christian Pulisic (R$ 284 milhões)
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Jorginho (R$ 230 milhões)
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Mateo Kovacic (R$ 194,92 milhões)
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Fernando Torres (R$ 132,6 milhões)
*Em reais e nas respectivas cotações da época
Frustrações com reforços
Assim como gastou muito bem o seu dinheiro com algumas das suas contratações mais caras, o Chelsea também teve os seus arrependimentos no mercado em parceria com Abramovich. E foram algumas as contratações que não deixaram saudades em Londres. Veja abaixo algumas delas:
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Fernando Torres - custou R$ 132,6 milhões, mas teve um desempenho bem inferior ao dos tempos de Liverpool (172 jogos, 45 gols e 27 assistências)
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Andriy Shevchenko - custou R$ 121,4 milhões, mas só marcou 22 gols e deu 2 assistências em 77 jogos
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Tiemoué Bakayoko - custou R$ 260,9, mas não se firmou no clube
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Michy Batshuayi - custou R$ 118,7 milhões, mas não conseguiu se firmar no time apesar das muitas chances
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Danny Drinkwater - custou R$ 140 milhões, mas não se firmou no time
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Álvaro Morata - custou R$ 287 milhões, mas só marcou 24 gols e deu 6 assistências em 72 jogos
Revendas 'de mestre'*
Assim como se arrependeu de gastar altas cifras para contratar certos jogadores que chegaram a peso de ouro, o Chelsea também soube usar e abusar do potencial de revenda de alguns atletas. Veja abaixo as 10 maiores vendas do Chelsea:
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Eden Hazard - vendido por R$ 440 milhões
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Tammy Abraham - vendido por R$247 milhões
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Álvaro Morata - vendido por R$ 214,6 milhões
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Diego Costa - vendido por R$ 205 milhões
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David Luiz - vendido R$ 186,5 milhões
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Nemanja Matic - vendido por R$ 165 milhões
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Thibaut Courtois - vendido por R$ 153 milhões
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Juan Mata - vendido por R$ 142 milhões
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Romelu Lukaku - vendido por R$ 106 milhões
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Oscar - vendido por R$ 78,9 milhões
*Em reais e nas respectivas cotações da época
Campeão de 'tudo', reforços de peso e algumas frustrações: veja como Era Abramovich elevou Chelsea a outro patamar - ESPN - Tudo pelo esporte
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