O advogado Paulo Iotti, autor da ação acolhida pelo STF de reconhecer a homotransfobia como crime de racismo, afirmou que um post homofóbico de Mauricio Souza configura crime de homofobia.
"A fala do jogador Mauricio Souza configura crime de homofobia, porque ele insinuou que uma história em quadrinhos representar um herói como homossexual ou bissexual nos levaria a uma situação social problemática. É incitação ao preconceito que configura crime de racismo nos termos do art. 20 da Lei 7716/89, lembrando que o STF reconheceu a homotransfobia como crime de racismo", disse Iotti ao jornal Extra.
Há duas semanas, Maurício criticou, em post no Instagram, a revelação de que o atual Superman, Joe Kent, é bissexual. O jogador de vôlei ironizou a informação divulgada pela DC Comics, que publica a HQ. "Ah, é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar."
A publicação gerou uma troca de farpas com Douglas Souza, companheiro de Mauricio na seleção brasileira masculina de vôlei.
Diante da repercussão que o caso tomou, o Minas Tênis Clube chegou a afastar o atleta, mas depois anunciou que Mauricio teve seu contrato rescindido após o clube ser pressionado pelos principais patrocinadores da equipe, Fiat e Gerdau.
Iotti classificou a mobilização popular como "importante", já que as decisões da Justiça podem demorar.
"Nao deixa de ser um avanço. Sem dúvidas, foi importante patrocinadores pressionarem o Minas a punir o jogador de discurso homofóbico/bifóbico. Porque, além de o Direito ter limites e o Judiciário demorar anos para ter decisões definitivas, é importante que a sociedade consiga resolver problemas sociais sem necessidade de um juiz ou uma juíza impor alguma solução", declarou o advogado.
Autor da ação que criminalizou homofobia vê crime de Mauricio Souza - UOL
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