A disputa contra o rebaixamento ficou mais acirrada após o Brusque ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com a perda de três pontos por causa do caso de injúria racial sofrido pelo meia Celsinho, do Londrina. Ainda cabe recurso do time catarinense.
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) ainda não atualizou a tabela de classificação em seu site oficial.
Com a punição, o Brusque vai ficar com 26 pontos, caindo para 16º na tabela, uma posição acima do Z-4. Logo atrás estão o Vitória, com 25 pontos, e o Londrina, com 24 – os dois times se enfrentam neste sábado, às 16h no Estádio do Café, em Londrina. Nas últimas colocações estão Confiança (18 pontos) e Brasil de Pelotas (16).
Mais acima, o Vila Nova ganhou uma posição e vai para 15º, com 27 pontos. A Ponte Preta é a 14ª, com 29 pontos.
Veja os jogos das equipes na rodada:
- Goiás x Vila Nova - sexta, 19h, Serrinha
- Brusque x Vasco - sexta, 21h30, Augusto Bauer
- Londrina x Vitória - sábado, 16h, Estádio do Café
- Confiança x Operário-PR - sábado, 17h30, Batistão
- Ponte Preta x Brasil de Pelotas - domingo, 18h15, Moisés Lucarelli
Brusque foi punido por episódio de racismo em jogo contra Londrina — Foto: Lucas Gabriel Cardoso/Brusque FC
Punições
Além da perda de pontos, o Brusque recebeu uma multa de R$ 60 mil. Já o conselheiro do clube Júlio Antônio Petermann foi suspenso em 360 dias e multado em R$ 30 mil.
A ofensa a Celsinho ocorreu no dia 28 de agosto, em jogo válido pela 21ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Na súmula, o árbitro Fábio Augusto Santos Sá relatou que o meia ouviu a frase "vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha" ao final do primeiro tempo. O conselheiro do Brusque, Júlio Antônio Petermann, foi identificado e admitiu, no julgamento do STJD, ter sido o autor da ofensa.
O Brusque e o conselheiro foram enquadrados no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito.”
Após o acontecido, o Londrina divulgou um vídeo nas redes sociais em que seria possível ouvir um grito de "macaco". A postagem do Tubarão foi uma resposta ao clube catarinense que, em um primeiro momento, falou que o meia Celsinho estava sendo "oportunista" ao denunciar o racismo. Um dia depois, o Brusque se desculpou. Após o episódio, a equipe catarinense perdeu um patrocinador.
No caso do grito de "macaco" o STJD julgou que as provas apresentadas, inclusive o relato de um perito que negou que a palavra tenha sido dita nos vídeos.
Seis dias depois do episódio, o Brusque adotou duas medidas sobre o caso: afastamento do integrante do estafe acusado de racismo e instalação de câmeras para captar o áudio das arquibancadas.
Não foi a primeira vez que Celsinho sofreu com o racismo na Série B. O meia do Londrina também ouviu ofensas nas partidas contra o Goiás e o Remo, ambas no mês de julho. Nos dois casos, elas partiram de profissionais de rádio durante transmissões dos jogos.
Punição ao Brusque acirra briga contra o rebaixamento na Série B do Brasileiro; veja como fica - globoesporte.com
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