É questão de tempo. Faltando dois dias para o fim das Paralimpíadas de Tóquio, o Brasil está com 21 ouros, o mesmo número que conquistou em Londres 2012, que é, até o momento, o recorde histórico neste quesito. Mas o recorde claramente vai vir, porque são pelo menos seis chances de ouro nos próximos dias.
Mas como que o Brasil conseguiu melhorar tanto nos últimos anos, mesmo com as polêmicas nas classificações funcionais da natação, que tiraram pelo menos sete grandes chances de título do Brasil em Tóquio?
Carol Santiago exibe as cinco medalhas conquistadas em Tóquio — Foto: Ale Cabral / CPB
Maior número de esportes indo ao lugar mais alto do pódio, mais mulheres conquistando medalhas, maior leque de classes funcionais se destacando e menos dependência dos multi-medalhistas, que antes levavam a maioria dos principais resultados do país.
O leque de esportes dourados cresceu. Em Tóquio já são seis modalidades no lugar mais alto do pódio (atletismo, natação, parataekwondo, goaball, judô e halterofilismo), tendo ainda chances reais na paracanoagem e no goalball. Em Londres, quando o Brasil chegou ao recorde de 21 títulos, foram apenas cinco esportes.
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A diversidade também foi vista dentro das modalidades. Classes funcionais que jamais tinham conquistado medalha de ouro, ficaram em primeiro lugar na natação, casos da S2 (grau alto de deficiência físico-motora, com Gabriel Araujo) e da S14 ( caso de Gabriel Bandeira). Foram títulos em seis classes diferentes.
As mulheres tiveram um ganho muito representativo nos últimos ciclos. Naquele recorde de Londres, foram 18 ouros dos homens e só três das mulheres. Em Tóquio, elas já levaram sete ouros, e podendo aumentar a quantia ainda com ótimas chances no atletismo e no parataekwondo nestes últimos dias de evento. Destaque em Tóquio para Maria Carolina Santiago, com três ouros.
Mariana D'Andrea é campeã paralímpica de levantamento de peso classe PWL nas Paralimpíadas de Tóquio 2020 David — Foto: David Fitzgerald/Sportsfile via Getty Images
Outro fator importante é o número de atletas com medalhas de ouro. Se em Londres 2012, Daniel Dias(seis títulos) e André Brasil (três) foram responsáveis por quase 50% das conquistas douradas brasileiras, em Tóquio esse número foi mais diversificado. Por enquanto, foram 16 atletas que foram ao lugar mais alto do pódio em competições individuais (além do goalball), contra 11 na marca de 2012.
E, claro, apesar do aumento do número de medalhistas, seguimos com os multi-medalhistas. Se não temos mais Daniel Dias, temos Gabriel Bandeira e Maria Carol Santiago, com conquistas em diversas provas. Esses atletas que conquistam muitas medalhas também são essenciais, mas não podemos depender apenas deles.
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Pluralidade é a chave do recorde de ouros do Brasil nas Paralimpíadas - globoesporte.com
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