São Paulo, Brasil
Caio teve um início promissor.
Surgiu no São Paulo com enorme expectativa. A ponto de atuar no excelente time de Telê Santana, entre 1993 e 1995. Conseguiu em 90 partidas, marcar 33 gols. Chamou a atenção da Seleção Brasileira que foi disputar o Mundial sub-20, em 1995, no Catar.
O Brasil foi vice-campeão, perdeu a final para a Argentina, por 2 a 0. Mas Caio foi escolhido como o melhor jogador do Mundial.
Foi vendido pelo São Paulo para a Inter de Milão, não se firmou, foi emprestado para o Napoli, também foi mal. Voltou ao Santos. Passou pelo Flamengo, Fluminense, Grêmio, pelo alemão Rot-Weiss Oberhausen e encerrou a carreira no Botafogo. Foi um atacante mediano.
Com boa visão de jogo, poder de comunicação e simpatia, ganhou espaço e sobrenome na extinta rádio Globo, de São Paulo.
Caio Ribeiro.
Passou para o Sportv. E depois foi para a Globo, em 2008, ocupando o espaço deixado por Casagrande, internado para se tratar do vício em cocaína.
Nesses 13 anos, se firmou como um comentarista otimista, evita críticas veementes contra treinadores, jogadores. É moderado até demais. Sua postura agrada a emissora carioca, ainda dona dos direitos de transmissão dos principais eventos nacionais de futebol.
Contrasta com a postura mais dura, questionadora de Casagrande, que já criou problemas com Neymar e Gabriel Jesus, por exemplo.
Os dois, aliás, tiveram um firme discussão, quando Caio afirmou que Raí só deveria falar, como executivo do São Paulo, sobre futebol. Não deveria se manifestar sobre política. Casagrande não concordou. Caio acabou isolado neste confronto. Galvão Bueno e Cléber Machado ficaram ao lado do ex-jogador do Corinthians.
Caio ganhou espaço dessa maneira: moderado, 'bom moço', contido e um tanto quanto reacionário, já que qualquer jogador ou dirigente pode falar sobre o que bem entender.
Mas ontem ele teve uma postura corajosa, firme, sobre um grave problema que está enfrentando.
Um câncer na garganta.
Ele fez questão de expor o que vive nas redes sociais. Publicou um vídeo.
"Um tempinho atrás, apareceu um caroço no meu pescoço e fui diagnosticado com um linfoma, chama-se linfoma de Hodgkin. A boa notícia, e esse é o motivo pelo qual estou gravando esse vídeo, é que ele tem 95% de cura e o meu corpo está respondendo muito bem ao tratamento.
Caio revelou que está na penúltima sessão de quimioterapia.
"(Estou) Forte, com a cabeça boa e tenho certeza que, em mais 15 dias, isso vai passar!
"Uma das consequências do tratamento era a queda de cabelo, e ele resolveu cair um pouquinho. Então, pretendo continuar trabalhando! Estou com energia, com a cabeça boa, mas talvez vocês me vejam um pouquinho mais abatido e mais careca no ar. Mas forte, porque tenho certeza de que a gente vai passar por tudo isso juntos."
Caio acertou em cheio em expor seu problema, alertar quem o segue nas redes sociais e quem o conhece da televisão. Está enfrentando a doença, mostrando que há tratamento. Desvendando o linfoma de Hodgkin.
E alertando sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces.
O departamento de Esportes da TV Globo perdeu o seu mais notório comentarista de arbitragem, Arnaldo César Coelho. Ele se afastou do cargo, depois de 30 anos, para tratar de câncer na próstata.
Desta vez é impossível não ficar ao lado de Caio Ribeiro...
Coragem de Caio Ribeiro. Assume câncer na garganta. E incentiva diagnóstico precoce - R7.COM
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