Paris (França) - A tão esperada semifinal entre Carlos Alcaraz e Novak Djokovic começou em alto nível e fez valer a expectativa no primeiro set, mas terminou de forma totalmente anticlimática com uma lesão do espanhol na terceira parcial. O número 1 do mundo até seguiu em quadra, mas sem conseguir fazer qualquer tipo de frente para o sérvio, que fechou a partida com parciais de 6/3, 5/7, 6/1 e 6/1, depois de 3h15 de embate.
O adversário na final de domingo ainda não está definido e sairá da segunda semi do dia, que terá de um lado o alemão Alexander Zverev e do outro o norueguês Casper Ruud. Caso vença o germânico, será a 12ª vez que eles medirão forças, com vantagem de 7 a 4 para o sérvio, 1 a 1 no saibro e 2 a 0 para Sascha em finais. Já contra o atual vice em Paris, ‘Nole’ levou a melhor nos quatro duelos entre eles.
Djokovic está agora a uma vitória de se tornar finalmente o recordista absoluto de títulos de Slam, podendo deixar para trás o espanhol Rafael Nadal, com quem está empatado no momento. Será a 34ª vez que ele disputa uma decisão nos quatro principais torneios do circuito, ampliando o seu recorde, com três a mais que o suíço Roger Federer e quatro a mais do que Nadal.
Aos 36 anos, o sérvio será o segundo finalista mais velho da história de Roland Garros (desde 1925), ficando atrás apenas de Bill Tilden, vice-campeão do torneio em 1930. Caso vença a decisão, ele será o mais velho a conquistar um título no saibro parisiense, superando o recorde de Nadal, que levantou a taça no ano passado.
O começo da partida viu um Djokovic mostrando seu melhor nível de tênis que o levou a uma quebra já no quarto game. Alcaraz reagiu e teve três break-points no sétimo game, mas não conseguiu aproveitá-los e por pouco não foi quebrado de novo no oitavo, quando salvou um set-point. Sacando para fechar no nono, foi a vez do sérvio encarar um break contra, mas depois venceu o primeiro set-point que teve.
Na segunda parcial, os dois foram mais irregulares, principalmente na reta final, que teve uma série de break-points e quebras para ambos os lados. Djokovic perdeu o saque no oitavo, logo após pedir um atendimento médico no braço direito, e viu o rival sacar para empatar no nono, mas devolveu o break. Alcaraz teve três set-points com a devolução no décimo, não os aproveitou, depois salvou um break-point no 11º e no game seguinte anotou quebra de zero para empatar o jogo.
Com o placar igualado, a expectativa de um jogo longo e equilibrado acabou ruindo completamente no terceiro set. Logo no segundo game, Alcaraz sentiu um problema na perna no último ponto, parecendo uma cãibra, e parou do lado de quadra. Mesmo não podendo, ele pediu atendimento médico e por isso teve que entregar o seu próximo game de serviço de bandeja. O espanhol recebeu então o atendimento e cedeu o terceiro game.
Sem entender o que havia acontecido, vendo Djokovic sacar em 2/1, o público vaiou bastante na volta dos jogadores à quadra, precisando da interferência da juíza de cadeira Aurélie Tourte para explicar a situação. Sem conseguir se movimentar direito em quadra, o atual líder do ranking passou a atacar de qualquer forma. Desse jeito, ele até complicou o sérvio no quarto game, mas depois se tornou presa fácil e foi dominado.
Alcaraz aproveitou a virada de set para ir ao banheiro e voltou um pouco melhor, tanto que até teve dois break-points no primeiro game da quarta parcial. Só que a movimentação menos limitada não era o suficiente para fazer frente a Djokovic, que confirmou o serviço, anotou quebra em seguida e abriu 3/0 de cara. Bem abaixo, o espanhol apenas evitou o 'pneu', mas só venceu mais um game antes da eliminação.
TenisBrasil - Alcaraz sofre, Djokovic eleva o nível e busca recorde - UOL
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