Naquela cidadezinha sem graça da França chamada Paris, Real Madrid e Liverpool disputam a final da Champions League, o principal torneio de clubes do mundo (não, não é o Mundial de Clubes). Aliás, o vencedor do jogo garante dois troféus —leva também o título no Mundial (furo de reportagem); quem vencer esta Libertadores disputará o vice, não se empolgue.
Na última final realizada em Paris, em 2006, o Barcelona virou o duelo contra o meu querido Arsenal no fim, com gol de Belletti, o herói improvável —o jogo está disponível na HBO Max, onde foi possível rever o trauma.
Se tivesse que apostar desta vez, diria que o Liverpool é o franco favorito. Tem o ótimo técnico Jürgen Klopp, o alemão mais simpaticão do mundo, tem Mo Salah, que vai fazer desse jogo sua Copa, tem dois laterais que estão no top 5 da posição, e tem uma força de ataque quase irresistível. O Real Madrid tem… algum pacto com o "coisa ruim", única forma de explicar como o time chegou até aqui, eliminando PSG e Manchester City. Ok, tem Benzema também.
E, mesmo carente de um grande protagonista (quem sabe Neymar desabrocha no Qatar), o Brasil tem ótima presença de coadjuvantes na final da Champions. Pelo Real, Casemiro, Militão e Vinicius Junior serão titulares; do lado do Liverpool, temos Alisson e Fabinho. Sem contar os prováveis reservas do lado espanhol, Rodrygo, que pode entrar no fim e fazer até cesta de três pontos, ou Marcelo, ultimamente craque em levantar taças, ou ainda Roberto Firmino, do lado inglês, um reserva de luxo.
Será a terceira final europeia em dez dias. As outras duas tiveram Eintracht Frankfurt e Rangers, na Liga Europa, e Roma e Feyenoord, na recém-criada Liga Conferência —muito importante para quem ganha, mas que nenhum time de liga relevante da Europa quer disputar, só não pode falar em voz alta.
E, olhando os times envolvidos, faço uma sugestão para a Fifa: o time campeão da Champions League ganha… uma folga. Quem disputaria o Mundial seria o campeão da Liga Europa, no caso, o Eintracht Frankfurt. Palmeiras, Atlético Mineiro e Flamengo (para ficar no nosso suposto big 3) fariam um excelente jogo contra o Eintracht.
Imagine se o Palmeiras, campeão da Libertadores de 2021, tivesse disputado uma final contra o Villarreal, campeão da Liga Europa do ano passado? Jogaço. Raphael Veiga e Dudu poderiam até atacar. E, se a Fifa não quiser chamar de "Mundial" pela ausência do campeão da Champions, é só arrumar outro nome; Mundialito, quem sabe. Qualquer coisa vai ser melhor do que Liga Conferência.
A declaração (no lugar da entrevista) que o técnico Steve Kerr, do Golden State Warriors, deu após mais uma tragédia em uma escola americana deve ser ouvida na íntegra por todos. A Folha publicou o vídeo legendado. Já é um daqueles momentos obrigatórios nas retrospectivas de fim de ano, nem precisa ser de esporte.
Round 38 - Atualização
Este colunista está chocado, mas nenhum treinador foi demitido em uma semana. Talvez o Brasileiro tenha chegado a um nível de profissionalização poucas vezes visto. Desafio PVC a chegar com alguma estatística de "recorde de tempo em que o Brasileiro ficou sem demissões". Continuamos com sete demissões após o round 7 do torneio.
Real Madrid x Liverpool vale dois troféus - UOL
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