Embalado pelo título de Rayssa Leal em Salt Lake City, a Street League retorna nesta sexta-feira para a segunda etapa do circuito. E com um diferencial: em Lake Havasu, no Arizona, os quatro homens e mulheres melhor classificados irão garantir vaga antecipada à final, rumo ao Super Crown Championship, a ser disputado em novembro. Neste momento, além da "fadinha", os também brasileiros Kelvin Hoefler e Pâmela Rosa estão nesta espécie de 'G4' do Mundial de skate.
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A etapa de Lake Havasu terá início nesta sexta-feira, às 14h (de Brasília), com as preliminares femininas; a masculinas estão marcadas para às 17h30. Já as finais acontecem neste sábado, às 16h para as mulheres e 18h30 para os homens. A transmissão será do SporTV.
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O atual regulamento da SLS é simples, com cada rodada rendendo pontos ao skatista de acordo com a sua colocação. Por exemplo, Rayssa Leal está com 100 pontos no ranking por ter sido campeã em Salt Lake City. Já Kelvin Hoefler e Pâmela Rosa, que ficaram em quarto lugar, receberam menos — 78. E assim sucessivamente. Ao final desta segunda etapa, os quatro melhores na classificação geral garantem vaga na final, sem necessidade de passar pelas preliminares.
Por isso é tão importante ir bem em Lake Havasu. Caso os skatistas não consigam entrar neste G4, as preliminares do Super Crown Championship (etapa final do Mundial de skate) darão apenas quatro vaga à decisão — e não oito como normalmente acontece. As finais serão disputadas em Jacksonville, nos Estados Unidos, nos dias 13 e 14 de novembro.
Neste momento, Rayssa (1ª) e Pâmela (4ª) no feminino e Kelvin (4º) no masculino estão no G4 e precisam garantir a pontuação. Outros brasileiros também almejam vaga neste bloco e precisam de boas atuações para subir na tabela, como Felipe Gustavo (5º), Filipe Mota (7º) e Letícia Bufoni (10ª). Essa etapa também marca o retorno de Gabriela Mazetto ao circuito após a gravidez.
Paralelamente, a atual ediçao da Street League tem gerado reclamações pela mudança de formato. Antes, a classificação era definida em regulamento parecido com o dos Jogos Olímpicos — duas voltas e cinco manobras. Agora, a pontuação foi reduzida para apenas uma volta e quatro manobras. Depois, os quatro melhores colocados tem direito a mais duas manobras para melhorarem as suas notas.
Kelvin Hoefler é um dos críticos. O paulista de 28 anos chega em alta após ter sido vice-campeão no Tampa Pro, o torneio mais tradicional do skate, mas acredita que tais mudanças acabam mexendo com a tradição do skate.
— Não gostei muito desta mudança porque é um percentual muito pequeno de erro. É diferente. Acredito que eles [organização da Street League] ainda vão trocar porque não ficou legal. Os caras tinham que ser um pouco mais raíz. Não sou o melhor cara fazendo volta, mas é melhor para quem está assistindo. Querem inventar e acabam estragando.
Pâmela Rosa é outra que admite ainda não ter se acostumado ao novo formato. Porém, acredita que as mudanças aumentam o nível de competitividade das etapas.
— É diferente. Desde que começou a Street League era o mesmo formato sempre. Eu acompanhava o SLS desde que comecei a andar de skate. Agora nesse formato aumenta a dificuldade. É preciso elevar o nível de skate.
Uma mudança importante desta etapa foi a troca de local. O GLOBO trouxe com exclusividade que a segunda etapa do Circuito Mundial não seria mais disputada em Miami, na Flórida. O evento seguiu nos Estados Unidos e nas mesmas datas, mas acontecerá no Arizona, em Lake Havasu. A mudança foi provocada, principalmente, por dois motivos: o clima, que atrasou a construção do circuito, e a Covid-19, que gerou consequências no Estado.
Street League abre 2ª etapa com brasileiros lutando por vaga na final e críticas ao novo formato; entenda - Jornal O Globo
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