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Sunday, August 29, 2021

Negócios milionários em modelos diferentes: Bragantino e Atlético-MG fazem duelo no G-5 do Brasileirão - globoesporte.com

Galo e Bragantino, altos investimentos e bons resultados no ano

Galo e Bragantino, altos investimentos e bons resultados no ano

Neste domingo, às 20h30 (de Brasília), Red Bull Bragantino e Atlético-MG medem forças pela penúltima rodada do primeiro turno do Brasileirão. Os dois times do G-5 do campeonato apostam alto ao reforçar os elencos.

Em junho, o time de Bragança Paulista anunciou a contratação mais cara da história do clube: Bruno Praxedes. Para tirar o meio-campo de 19 anos do Internacional, o Bragantino desembolsou R$ 35,9 milhões.

Bruno Praxedes, do Bragantino, na partida contra o América-MG — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Bruno Praxedes, do Bragantino, na partida contra o América-MG — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Valor superior aos R$ 32 milhões que o Atlético pagou ao River Plate para ter o argentino Nacho Fernández. O Galo foi o time brasileiro que mais investiu na compra de jogadores no ano passado. Foram cerca de R$ 251 milhões desembolsados pelo clube mineiro, de acordo com o levantamento feito por César Grafietti, consultor de gestão e finanças do esporte.

Nacho Fernández custou cerca de R$ 32 milhões ao Atlético-MG — Foto: Pedro Souza / Atlético

Nacho Fernández custou cerca de R$ 32 milhões ao Atlético-MG — Foto: Pedro Souza / Atlético

O Bragantino foi o quarto em gastos com contratações: R$ 100 milhões. A equipe do interior de São Paulo aparece à frente de alguns gigantes, como o Corinthians (R$ 82 milhões), Internacional (R$ 65 milhões), Grêmio (R$ 45 milhões), Santos (R$ 45 milhões e São Paulo (R$ 25 milhões).

- São dois modelos bastante diferentes. O Red Bull Bragantino é uma empresa que foi comprada por uma marca de energéticos que está buscando o futebol pra ter um negócio sustentável, mas logicamente pra divulgar os seus energéticos, que é o seu negócio. E ela compra o clube e faz investimentos pra que ele ganhe competitividade, chegue à primeira divisão e comece a chamar a atenção pro futebol, logicamente também pra marca - afirma Rodrigo Capelo, jornalista especializado em negócios do esporte.

Goleiro Cleiton e atacante Hulk: exemplos do duelo milionário entre Bragantino e Atlético-MG — Foto: Infoesporte

Goleiro Cleiton e atacante Hulk: exemplos do duelo milionário entre Bragantino e Atlético-MG — Foto: Infoesporte

O perfil dos reforços é sempre o mesmo: jogadores com até 23 anos de idade, de grandes clubes dos futebol brasileiro. O próprio Atlético, rival desta noite, no estádio Nabi Abi Chedid, foi vítima das investidas do Bragantino. que adquiriu o atacante Alerrandro e o goleiro Cleiton, jogadores formados nas categorias de base do Galo.

Somadas, as duas transações custaram cerca de R$ 37 milhões aos cofres do time paulista. O atacante nunca se firmou entre os titulares do Massa Bruta. Já Cleiton é o goleiro titular desde o ano passado.

- O negócio do Bragantino claramente é divulgação da marca e negociação de atletas. Nesse modelo de negociação de atletas você aplica em 10, 12, 15 pra que dois ou três deem certo. É normal, então tem vários clubes no mundo que praticam isso, inclusive os próprios filiais do Red bull na Europa. Tá dentro do modelo de negócios, então pra cada Claudinho que dá certo eles podem correr o risco de 4 ou 5 jogadores não darem. É muito normal que na cabeça e no planejamento do clube isso aconteça - diz César Grafietti.

A aposta em Claudinho é o maior exemplo de sucesso na operação. O Bragantino comprou o jogador por R$ 2,5 milhões junto ao Corinthians, em 2019. O valor se transformou em R$ 92 milhões, quando a equipe de Bragança Paulista negociou Claudinho com o Zenit, da Rússia, no início deste mês.

- O Claudinho é um exemplo do mundo ideal pra nós. É um atleta que veio pro clube jovem, cumpriu um ciclo desportivo, tornou-se um atleta de seleção brasileira e aí também é o direito dele de dar o próximo passo na carreira, mas óbvio que esse retorno financeiro que ele gera pro clube nos possibilita gerar novos Claudinhos, investir em infraestrutura, investir em novos profissionais - explica Thiago Scuro, diretor executivo do Red Bull Bragantino.

Negociado pelo Bragantino, Claudinho é apresentado pelo Zenit, na Rússia — Foto: Zenit/Divulgação

Negociado pelo Bragantino, Claudinho é apresentado pelo Zenit, na Rússia — Foto: Zenit/Divulgação

No Atlético, o modelo para reforçar o time é outro, mas também conta com uma parceria. Quem investe e paga as contas desde o ano passado é um grupo de quatro empresários, que já injetaram cerca de R$ 400 milhões de reais no clube.

- A gente alocou, emprestou pro clube, um montante não só pra comprar atleta, tem as despesas diárias do clube, as dívidas que foram pagas. E esse recurso ele não tem correção monetária nenhuma, juros zero, sem prazo pra pagar - afirma Rafael Menin, vice-presidente do Conselho Deliberativo do Atlético e um dos quatro investidores do Atlético

Esses empresários se intitulam apoiadores. Por enquanto, emprestam o dinheiro e a capacidade de gestão para o Atlético se organizar. Esperam reaver os investimentos só depois que o clube acertar com todos os outros credores. E esse recurso ele não tem correção monetária nenhuma, juros zero, sem prazo pra pagar.

Rafael e Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães: os "4Rs" que investem no Atlético — Foto: Reprodução/Twitter

Rafael e Rubens Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães: os "4Rs" que investem no Atlético — Foto: Reprodução/Twitter

Além de vice-presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Rafael Menin é filho de Rubens Menin, dono de uma das empresas que patrocinam o clube mineiro. Só neste ano, a família Menin e outros dois investidores foram responsáveis pelas vindas do meia Nacho Fernández, dos atacantes Hulk e Diego Costa, apresentado pelo Galo na semana passada.

- O projeto é bonito, ambicioso. Eu estava acompanhando os jogos, a chegada do Hulk, Nacho, e outros que têm no time que vem jogando futebol não só com resultados mas também bonito de se ver, então isso também pesou muito na escolha - disse Diego Costa.

Diego Costa posa para foto ao lado de Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG — Foto: Divulgação/CAM

Diego Costa posa para foto ao lado de Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG — Foto: Divulgação/CAM

Os investimentos geraram brincadeiras, chamando o Atlético de PSG das Américas, por causa das contratações milionárias do time de Messi e Neymar, na França.

"Essa combinação de atletas jovens, talentosos, com atletas mais experientes, a gente entende que dá uma liga boa, fortalece o desempenho esportivo do clube e naturalmente valoriza os atletas mais jovens do clube" Rafael Menin

Essa é a principal diferença entre Bragantino e Atlético. Enquanto um apostou apenas em jovens, o outro trouxe jogadores consagrados para um retorno técnico imediato, que também gera dinheiro.

- (O retorno de jogadores consagrados) está sempre associado ao desempenho esportivo, porque o bom desempenho em campo vai trazer mais torcedores, vai fazer com que esses torcedores se engajem mais, consumam mais produtos do clube e isso faz com que você aumente receitas - explica César Grafietti.

- Hoje, o Galo tem 74 mil sócios adimplentes, gerando quase um milhão por mês de receita mesmo com toda a pandemia E de premiações atingidas até agora, aproximadamente 50 (milhões de reais). Nas competições que o Galo vem passando de fase, Libertadores e Copa do Brasil principalmente - diz Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético.

- O Atlético, além de ganhar em campo, ele também está dando uma demonstração de poder. Ele tá mostrando pro restante do futebol que ele pode competir com Palmeiras e com Flamengo não só dentro de campo, com base em eficiência, mas no dinheiro, na grana - acrescenta Rodrigo Capelo.

Thiago Scuro é o CEO Bragantino Red Bull — Foto: Ari Ferreira/CA Bragantino

Thiago Scuro é o CEO Bragantino Red Bull — Foto: Ari Ferreira/CA Bragantino

Diferentes modelos de negócio, mas com objetivos parecidos e que, até agora, têm funcionado.

- Acho que de um ano pra cá a gente vem conseguindo ser mais profundo, menos contratações, conseguindo estudar melhor esses atletas e o perfil. Então acho que isso vem dando uma eficiência maior - afirma Thiago Scuro.

- A gente espera que o Galo continue subindo todo ano um degrau. Não só no aspecto esportivo, no administrativo, que consiga reduzir o seu endividamento. A gente está muito otimista com esse trabalho. Sabendo que é um trabalho que não será fácil, e levará tempo para ser concluso - conclui Rafael Menin.

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