Sem sustos, o Brasil está na final do vôlei feminino nas Olimpíadas de Tóquio e vai reencontrar o "freguês" Estados Unidos na briga pelo ouro.
Na semifinal contra a Coreia do Sul, a equipe comandada por José Roberto Guimarães caminhou com tranquilidade para fechar em 3 sets a 0, com parciais de 25/16, 25/16 e 25/16, mostrando que a suspensão de Tandara não mexeu com a cabeça das jogadoras.
"Era uma partida que tínhamos muita preocupação porque nosso histórico com a Coreia do Sul não era dos melhores. Sempre tivemos dificuldade com a coreia, haja vista Londres, quando perdemos para elas de 3 a 0. Tinham algumas jogadoras desse time aí que foi muito complicado o pós-derrota contra elas. Lavari excepcional treinador e a Kim excelente jogadora", disse Zé Roberto após a partida.
"Então estávamos numa preocupação enorme nessa semifinal, mas sabíamos que tínhamos possibilidade de jogar bem contra elas se melhorássemos o saque e a performance do bloqueio principalmente para a Kim. E ela não teve a performance das melhores. Quase não deixou ela tocar a bola no passe. O sistema defensivo funcionou como um todo. Conseguimos uma vitória fantástica que é uma honra incrível ter colaborado para mais uma medalha, pelo menos, e o Brasil ter batido o recorde", concluiu o técnico.
A seleção feminina de vôlei ganhou um reforço de peso na torcida para o jogo da semifinal, contra a Coreia do Sul: a campeã olímpica Rebeca Andrade estava na arquibancada da Ariake Arena torcendo bastante ao lado dos integrantes do Time Brasil.
A final será contra os Estados Unidos, na madrugada de sábado para domingo, à 1h30 da manhã (de Brasília).
Esta será a terceira final olímpica entre Brasil e Estados Unidos, sendo que a equipe brasileira levou a melhor nas duas oportunidades, ficando com o ouro em Pequim-2008 e Londres-2012.
O jogo
A diferença de experiência entre brasileiras e coreanas em semifinais olímpicas pode ser explicada pelo número de erros no primeiro set. Enquanto o Brasil deu apenas três pontos para as adversárias, a Coreia errou oito vezes.
Com muita tranquilidade e Rosamaria entrando bem para substituir Tandara, a equipe de José Roberto Guimarães não encontrou dificuldades para fechar o primeiro set em 25 a 16.
Na segunda parcial a partida ficou equilibrada por mais tempo, trocando pontos até o 7 a 7. Mas a primeira vantagem, que veio no bloqueio de Rosamaria, ficou para trás já nos 10 a 10.
O set parecia ganhar contornos tranquilos quando o Brasil marcou cinco pontos seguidos, mas as adversárias conseguiram reagir e trazer a diferença de novo para apenas duas bolas.
A pressão não tirou as brasileiras do jogo. Pelo contrário. Foi justamente aí que as coisas se abriram para a parcial ser fechada novamente em 25 a 16.
No terceiro set o bloqueio seguia como uma arma fundamental para marcar a diferença entre os times e colaborando muito para a vantagem ser estabelecida logo nos primeiros pontos. Foram 15 pontos oriundos do bloqueio brasileiro e apenas três das coreanas durante toda a partida.
Dessa vez sem nenhum esboço de reação das adversárias, o caminho foi mais tranquilo do que nunca, mas uma desatenção acabou fazendo o placar fechar de novo nos 25 a 16.
Brasil atropela Coreia do Sul e reencontra Estados Unidos na final do vôlei - UOL
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