O Brasil ganhou sua primeira medalha em Olimpíadas no tênis.
Neste sábado, Luisa Stefani e Laura Pigossi venceram a disputa do bronze nas duplas femininas em Tóquio-2020 com uma virada espetacular! As brasileiras bateram as russas Veronika Kudermetova e Elena Vesnina por 2 sets a 1, parciais de 4-6, 6-4 e 11-9 no super tie-break.
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Pigossi (26) e Stefani (24) chegaram a perder o match tie-break por 5-9, mas empataram salvando 4 match points seguidos e depois venceram a partida.
A vitória estabelece o melhor resultado do tênis brasileiro em toda a história das Olimpíadas. Antes, essa marca pertencia a Fernando Meligeni, que em Atlanta-96 também chegou na semi do torneio olímpico e perdeu a disputa do bronze.
E por pouco toda essa semana mágica das brasileiras não aconteceu. Na verdade, elas, que não jogam regularmente juntas no circuito, foram inscritas a um dia do fim do prazo para Tóquio-2020
No tênis, as 10 primeiras do ranking já tinham vaga garantida juntamente com a dupla que escolhessem. Quem joga simples também pode se inscrever, e as vagas restantes são preenchidas com base no ranking somado das atletas.
Stefani é a número 23 do mundo de duplas e Pigossi era a 188. Foram acontecendo desistências até que sobrou uma vaga para as brasileiras literalmente no último dia do prazo de inscrição, em 16 de julho.
A CBT havia inscrito a dupla para garantir que conseguiriam a vaga caso sobrasse, como de fato ocorreu. Restava "apenas" avisar ambas.
Eduardo Frick, gerente da CBT, correu para falar com Pigossi, que sequer sabia que estava inscrita. "Eu falava [por mensagem]: 'Vou jogar a semifinal e depois eu te ligo'. E ele: 'Não, é urgente'", disse a tenista, ao UOL.
Pigossi então correu para tentar contato com a sua dupla, mas Stefani, dormindo, não atendia o telefone.
"Já tinha deixado para lá as Olimpíadas, queria muito ir, mas era o último dia e a gente estava fora da lista. Já tinha aceitado e estava torcendo para outros brasileiros. Aí ligaram com a melhor noticia impossível. Depois, uma das primeiras pessoas a ligar foi a Laura. As duas gritando no telefone... o resto é história", contou Stefani, ao UOL.
Stefani estava em Michigan, nos Estados Unidos, onde mora, e embarcou direto para Tóquio, não conseguindo nem levar nenhuma roupa de seus patrocinadores.
A vaga poderia ter vindo mais cedo. Mas Luisa Stefani deixou de ganhar alguns pontos preciosos no ranking quando descobriu em maio que teve apendicite e não poderia disputar Roland Garros.
Como Pigossi e Stefani conquistaram a medalha mais improvável do Brasil nas Olimpíadas - ESPN.com.br
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